PROA Manaus

Sondagem

Desde sua fundação em 1993, a PROA sempre procurou proporcionar maior segurança a navegação nos sensíveis e sinuosos rios da Amazônia Ocidental

Diante das dificuldades em manter atualizadas as cartas náuticas da região, devido às alterações nos canais navegáveis provocadas pelas constantes mudanças dos bancos de areia, quebra de margens dos rios (fenômeno conhecido como “terras caídas”), aparecimento e desaparecimento de ilhas, a PROA iniciou um serviço de sondagem dos rios de sua Zona de Praticagem. As primeiras sondagens foram realizadas com uma lancha de casco de madeira, denominada Rio Içá, que apesar de toda simplicidade manteve os rios da região seguros mesmo em períodos de seca.


Com o aumento do porte dos navios em trânsito na região e o incremento de seus calados, a PROA sentiu a necessidade de agilizar este serviço e obter maior precisão em seus resultados. Com isso investiu, com recursos próprios, em um projeto inovador.

Em 2003 foi concretizado o projeto Airuwe (que significa peixe-boi na língua indígena Ticuna), o qual consiste em uma lancha de sondagem com equipamentos de última geração, para o monitoramento dos trechos navegáveis dos rios ocidentais da Amazônia.


A lancha Airuwe conta com equipamento os de rádio VHF, SSB, telefonia e transmissão de dados via satélite, por meios dos quais, comunica em tempo real todo o levantamento batimétrico, podendo passar as informações coletadas, diretamente aos Práticos embarcados em viagem nos rios da Amazônia Ocidental ou as Estações de Praticagem (Atalaias).


Com velocidade e manobrabilidade superior a lendária Rio Içá, a lancha Airuwe permitiu a realização de novas expedições. Atualmente além de todo o rio Solimões desde o Encontro das Águas até a fronteira Oeste do Brasil no município de Tabatinga, do trecho do rio Amazonas entre as cidades de Itacoatiara e Manaus; o trecho do rio Negro entre os municípios de Manaus e Novo Airão (onde se localiza o maior arquipélago fluvial do mundo – Anavilhanas); já foram realizadas sondagens também no trecho do rio Purus, de sua foz até a cidade de Lábrea; o trecho do rio Juruá de sua foz até a cidade de Carauari; e o trecho do rio Jutaí de sua foz até 20 milhas navegáveis para navios transatlânticos.


Em 2005 buscando ainda mais segurança a navegação, a PROA iniciou o acompanhamento de suas singraduras na Região Amazônica Ocidental com um sistema de navegação eletrônica que é atualizado permanentemente e que complementa o projeto Airuwe, pois permite que a precisão das sondagens seja acompanhada em tempo real.


Com o intuito de aperfeiçoar o serviço de sondagem, a PROA participa constantemente de cursos e palestras sobre hidrografia promovidos por órgãos como a DHN (Diretoria de Hidrografia e Navegação – Rio de Janeiro) e a Sight GPS, no Rio de Janeiro, bem como, trazendo a Manaus profissionais experientes para ministrar cursos sobre as atualizações do programa Hypack, programa de batimetria utilizado pela PROA e pelos mais renomados institutos de hidrografia. E novos passos já estão sendo dados para manter o índice zero de acidentes de navegação nos rios ocidentais da Amazônia.